




O projeto Baobá: contação de lendas negras é um projeto de contação de histórias que nasceu em 2025 com o objetivo de levar as lendas africanas até as crianças. Como origem do mundo que é, África é também o berço das histórias que, mais tarde, tornaram-se contos de fadas, outras lendas e parlendas. Através do contar contos e lendas, contamos sobre o mundo, o respeito, o caráter e honramos aqueles que vieram antes.
No espetáculo de estreia do projeto, o foco está em Angola, através da contação de lendas angolanas e da história da vinda da população angolana para Itajaí fugindo da guerra civil que invadiu Angola na década de 1970. Foram 8 famílias que atravessaram o mar navegando por 19 dias, saídas da Província de Benguela. As famílias chegaram até Itajaí em janeiro de 1976, em quatro barcos, sendo três apenas pequenos barcos de pesca. Uma história de superação, honra e conquista.
O espetáculo “Angola”, conta para Itajaí uma história que é sua e que a cidade não conhece. Apesar de ter, atualmente, uma das maiores populações angolanas fora de Angola no mundo, Itajaí não pensa sobre essa imigração, não valoriza a história destes refugiados e não entende, também, que há negros em sua formação e construção.
Baobá fez sua estreia em seis sessões realizadas em unidades da Rede Municipal de Ensino de Itajaí, em uma parceira com o Porgrama de Diversidade Étnico-Racial, Gênero e Combate ao Bullying, da Secretaria de Educação de Itajaí. O espetáculo passou pelo Centro Educacional Pedro Rizzi, Escola Básica João Duarte, CEDIN Ângela Dalçóquio e CEDIN Napoleão de Souza. Depois, em setembro, o trabalho fez uma circulação por quatro escolas da Rede Municipal de Itajaí com o projeto "Circulação Baobá: Histórias de Itajaí" financiado pelo Porto de Itajaí e Autoridade Portuária de Santos.
SINOPSE:
No oco do Baobá nasceu o mundo. Do oco do Baobá saiu a lenda. De dentro deste Baobá, saem as lendas vindas de África para nos falar sobre a história de um povo que atravessou o mar de Angola até Itajaí, o respeito aos mais velhos e a coragem de colocar o guizo no pescoço dos gatos do caminho.
Duração: 40 minutos
Classificação indicativa: Livre (Idade melhor recomendada: de 6 a 11 anos)
FICHA TÉCNICA:
Criação, dramaturgia e atuação: Mariana Feitosa
Interlocução artística e orientação de processo: Giselda Perê e Josiane Geroldi
Fonte de pesquisa: Podcast Além do Atlântico, da jornalista Adelaine Zandonai
Produção e Comunicação: IZÔ Cultura
Espetáculo completamente adaptável a espaços alternativos.
Equipamentos de som próprios.


Na imprensa:
Conheça o podcast Além do Atlântico e ouça a história contada por quem viveu
Em 1975 Angola deixava o domínio português e mergulhava em quase três décadas de guerra que deixou mais de 500 mil mortos e mais de um milhão de refugiados. Em novembro daquele ano, oito famílias de uma vila de pescadores fugiram pelo único caminho possível: o oceano Atlântico. Com produção e direção da jornalista Adelaine Zandonai, o projeto foi gravado com o jornalista André Pinheiro, nos estúdios Café Maestro e realizado com patrocínio da Prefeitura de Itajaí e da Fundação Cultural de Itajaí, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do município, com apoio do Instituto Sorrir.